domingo, fevereiro 11, 2007

Desonestidade e manipulação, do princípio ao fim

Apesar dos resultados desfavoráveis aos activistas do "não", caso se confirmem as projecções, Isilda Pegado defende que a lei deverá continuar como está e deverá ser inviabilizada a proposta de despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) até às dez semanas proposta hoje ao eleitorado.

Era este o raciocínio que se ouvia por parte do adeptos do Não mesmo depois de serem conhecidos os resultados finais.

Isto não é sério! A manipulação do resultado da abstenção em benefício próprio é coisa que nunca se tinha assistido desde que há democracia em Portugal. Quem não votou, parece óbvio mas tem que ser repetido, não expressou qualquer opinião, salvo, quanto muito, que o tema não interessava, sem que daí se possa inferir mais nada.

Não é com declarações destas, ou outras a roçar a demência, que vão alterar o que quer que seja do que se passou hoje. Manipular actos eleitorais em causa própria tem cabimento num regime político que, felizmente, já acabou.