E tu que história tens para contar?
Acho importantíssimo o testemunho de casos como o que a Fernanda relata no DN de hoje. A discussão ganha uma profundidade a que os defensores do Não, ou outros talibans da "vida intra-uterina", jamais poderão chegar. Nenhum feto abortado regressou do além para nos contar a história. Que eu saiba.
A minha história não é sobre uma IVG. É sobre uma Interrupção Involuntária da Gravidez. De facto, a sua protagonista não queria abortar. Simplesmente, aos três meses de gestação, o feto morreu. Soube-o através de uma consulta de rotina ao médico que acompanhava a sua gravidez.
Foi encaminhada para o hospital distrital a fim de remover o feto. Um outro médico aconselho-a a tomar uma medicação e esperar. Duas semanas seria o tempo máximo ao fim do qual, se o feto não saísse por si, deveria voltar ao hospital para serem tomadas outras providências.
Se a situação já era de si devastadora, o simples facto de carregar mais um tempo um feto morto, infelizmente já visível do exterior, complicou ainda mais as coisas. Para infortúnio seu, e apesar de sangrar bastante, o feto não saiu mesmo.
Novamente no hospital foi-lhe efectuada uma raspagem sem qualquer prepação física (quanto mais psicológica), a chamada raspagem a sangue-frio, da qual resultou um útero destroçado e uma saúde mental em fanicos. A do companheiro incluído.
Passaram-se já quase dois anos deste essa altura e embora as consultas num caríssimo especialista de Lisboa tenham sarado as feridas uterinas, as psicológicas permanecem e permanecerão para toda a vida.
Tirem as vossas conclusões. Mas é também para mudar este género de coisas que devemos fazer campanhas, defender causas e oferecer soluções às pessoas. A lei actual fere, humilha e mata pessoas de verdade.
A minha história não é sobre uma IVG. É sobre uma Interrupção Involuntária da Gravidez. De facto, a sua protagonista não queria abortar. Simplesmente, aos três meses de gestação, o feto morreu. Soube-o através de uma consulta de rotina ao médico que acompanhava a sua gravidez.
Foi encaminhada para o hospital distrital a fim de remover o feto. Um outro médico aconselho-a a tomar uma medicação e esperar. Duas semanas seria o tempo máximo ao fim do qual, se o feto não saísse por si, deveria voltar ao hospital para serem tomadas outras providências.
Se a situação já era de si devastadora, o simples facto de carregar mais um tempo um feto morto, infelizmente já visível do exterior, complicou ainda mais as coisas. Para infortúnio seu, e apesar de sangrar bastante, o feto não saiu mesmo.
Novamente no hospital foi-lhe efectuada uma raspagem sem qualquer prepação física (quanto mais psicológica), a chamada raspagem a sangue-frio, da qual resultou um útero destroçado e uma saúde mental em fanicos. A do companheiro incluído.
Passaram-se já quase dois anos deste essa altura e embora as consultas num caríssimo especialista de Lisboa tenham sarado as feridas uterinas, as psicológicas permanecem e permanecerão para toda a vida.
Tirem as vossas conclusões. Mas é também para mudar este género de coisas que devemos fazer campanhas, defender causas e oferecer soluções às pessoas. A lei actual fere, humilha e mata pessoas de verdade.
<< Home