segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Post à Helena Matos ou quando se espera que o problema se adeque à solução

Como se sabe, quem vive da miséria e da desgraça alheias, não quer acabar com elas. É uma questão de sobrevivência. Combater a juzante, e da única forma que se acha moralmente aceitável, é uma maneira de não querer acabar ou minorar o problema. Sendo que é de IVG que estamos a falar.

Com o apoio da lei, que não querem ver modificada porque se encarrega de dar razão à sua "moral"; com o apoio, incusivé, dos dinheiros do Estado, a ICAR e uma miríade parasitária de instituições e associações a ela afectas, vivem precisamente deste esquema. Acabando com o "mal", a sua "caridade" e a sua "bondade" (entendidas de uma maneira muito estricta) não farão mais qualquer sentido.

Com uma vitória do Sim no próximo domingo, esse estado de coisas alterar-se-ia substancialmente. Tal como o PCP, que pretende que a realidade se adeque às suas soluções - não raras vezes, vemos propostas comunistas contra toda e qualquer ideia que melhor a vida das pessoas, desde que essas ideias estejam contra a sua ortodoxia ideológica - também os «pró-prisão» lutarão contra uma realidade que, esperemos, se afastará cada vez mais do que tem sido. Um pasto incrivelmente fértil de miséria, drama, misoginia e mesmo de morte. De mulheres, claro.

É pela sobrevivência e pelo poder que lutam os partidários do Não.